sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Você

Eu aguardo, não ansiosamente (porque isso seria contra os nossos princípios e todos os outros), apenas aguado pelo dia em que nós nos encontraremos de volta, e nos reencontraremos.

O dia em que ficaremos juntos mais uma vez, por uma nova vez. Quando você estará nos meus braços e poderei lhe chamar, por um átimo, "de minha". Quando eu estiver no seu abraço, e você me chamar de "meu amor".

Suas lágrimas virão de novo. Felicidade, tristeza, ansiedade, complacência, alegria. Um pouco de cada, batendo forte dentro de você. É o que eu espero.

Isso acontecerá comigo também, talvez em proporções maiores, mas me dará um alívio e uma certeza de que tudo pelo que passamos, não foi em vão.

Eu aguardo esse dia, por você.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Poemas que escrevo

Poemas que escrevo para você
Pensando em palavras tão especiais
Poemas que escrevo para mim
Juntando teorias irreais
Poemas que escrevo para nós
Causando situações desiguais
Poemas que escrevo para eles
Os quais penso demais
Poemas que escrevo sobre a vida
Correndo cada vez mais...

Poemas que escrevo são difíceis
Contos são mais legais.

Rafael Nestlé

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

À beira do precipício 2

... Lá estava eu, na minha sala, fumando meu cachimbo e relaxando, quando de repente comecei a escutar um monte de barulho vindo do lado de fora. Paro e me pergunto: Que porra é essa? Depois de uma semana cheia de trabalho, e trabalho pesado, um fim de semana em casa sem fazer nada, na santa paz do senhor é tudo que um homem precisa. Mas não, sempre tem algo para acabar com a sua mísera felicidade.
Pode parecer besteira, porém as vezes, tudo que você quer é um dia sozinho, de tranquilidade e silêncio para por a cabeça em ordem e calcular as próximas rotas a se tomar. A vida é um mar traiçoeiro. Tempestades vem do nada, e quando elas vem, é preciso estar preparado. Essa palavras fariam sentido se eu fosse do tipo parnasiano romantista, mas eu sou um pirata. Piratas não se importam com essas coisas de planejamento estratégico, só se estiver relacionado com um barril de rum. Aí é outra conversa.
Voltando a estória, estava em minha sala, curtindo o meu bom fumo, até a algazarra toda tomar o ambiente. Motim, eu pensei. Quando se é capitão precisa estar preparado para esse tipo de coisa. Mas não, algo pior do que traição entre a tripulação surgiu, algo maior do que a boca de uma baleia azul, algo pior do que os dentes de um tubarão branco, algo mais assustador do que as calças da minha vó. Sim, era uma...









À beira do precipício

"Cliffhanger" é o tipo da coisa que você sempre souber o que era, só não sabia que ela se chamava assim. Quando um episódio termina, mas o desfecho da história fica para o próximo capítulo, isso é um Cliffhanger. De uma certa forma, cliffhangers não estão apenas na ficção. A vida, basicamente, é formada por eles. Todo momento, toda hora, todo dia acontece um novo "Continua no próximo episódio..."
Certo, somos ansiosos, mas não ao ponto de não ter um cliffhanger. Deixe-me explicar o porquê disso:


Continua no próximo post.




quinta-feira, 17 de março de 2011

O que você vai ser quando crescer?

   Uma de minhas poucas lembranças da época em que o tempo passava mais devagar.

   A pergunta "o que você vai ser quando crescer", feita por minha mãe enquanto ainda desfrutava de minha finita infância, me subia pela cabeça e divagava minhas idéias. A resposta era fácil, queria ser bombeiro, sapateiro, astronauta, policial, bucaneiro, mágico, piloto de helicóptero e frentista. Mau sabia do inimigo que teria que enfrentar no futuro, o próprio tempo.
   Porém apenas passava o momento e deixava minha imaginação rolar. Minha mãe dava risada, mas não me desencorajava. No fundo ela acreditava no meu potencial e sabia que seu filho poderia chegar em qualquer lugar.
Diferente de qualquer outro pai, que mesmo antes de seu filho nascer já traça o futuro da criança e planeja até mesmo qual será sua profissão, minha mãe confiava em mim, mesmo eu sendo tão pequeno.
   Nunca me esquecerei de suas palavras:
"Você pode ser qualquer coisa, ter qualquer profissão. Não importa se ganhará pouco ou se ficará rico, se for um frentista ou se for um advogado. Tudo que importa é sua dedicação. Você deve sempre ser o melhor no que faz e isto vai lhe trazer a melhor recompensa de todas, o prestígio."
  O tempo passou e fiquei mais velho, mas só fisicamente. É claro que amadureci e evolui, mas ainda conservo um desejo enorme de fazer milhares de coisas e ser milhares de pessoas. Hoje em dia também quero ser samurai, ninja, pirata, treinador de dragão, atirador de arco-e-flecha e escritor de livro, por exemplo.

   Você já subiu no palco e apresentou um grande número? No final, nada se compara a quando a cortina se abre mais uma vez e você recebe aplausos.


Raphael Nestlé

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Sono e Mau Humor

   Hoje resolvi escrever uma crônica sobre o meu estado físico-mental atual. Duas palavras bastam para descreve-lo: sono e mau humor. Quando você faz milhões de planejamentos pra sua vida e as coisas não se desenrolam do jeito que você imaginou, isso até te deixa um pouco puto. Quando você faz milhões de coisas e não tem tempo para se jogar no sofá de casa e tirar uma boa pestana, isso te deixa de mau humor. Além de te deixar com sono.
   Na verdade, sono e humor são duas coisas que estão diretamente ligadas. Deve existir alguma fórmula ou teoria para isso, e se existir, são mais inúteis do que essa crônica. Na verdade, essa é a pior crônica que eu já escrevi. Tudo que eu queria era dormir.



Por E. Werlish, numa aula teórica de auto escola

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

O Sonho Está Desmoronando



Você está acordado ou sonhando? 

Tem certeza de que o que está vivendo neste exato momento é concreto e não apenas ilusão? 

E se não for verdade? 

Sinta.

Você consegue sentir?

Começa com um sonho, um sonho mesmo. Você está dormindo e sonha. Mas não é um sonho normal. Não é como os das noites anteriores. De alguma forma você não tem certeza de quando vai acordar, e se vai acordar. Está tudo escuro e o único som é o da sua respiração. Por pouco tempo.

Um brilho prateado aparece na sua frente e num átimo uma pequena explosão. Você não sabe o que aconteceu, tudo é muito rápido. O brilho é uma arma e a explosão é um tiro. Você olha para baixo e percebe que é o alvo, foi atingido. Num sonho normal você acordaria assustado e o chamaria de pesadelo, porém este não é um sonho normal, nem um pesadelo. 

Você é atingido e continua dormindo, continua sonhando. A bala dentro de seu corpo não dói ao primeiro instante, nem machuca. A medida que o sangue vai saindo, seu corpo vai esquentando, compulsivamente sem limites. Quente, muito quente. Algo que você nunca senti na sua vida, nunca sentiu enquanto estivera acordado. Algo que nunca sentiu. Um sentir que te faz sentir vivo, sentir que está acordado no mundo.

Mas está sonhando.

Sinta.

Você consegue sentir?