A pergunta "o que você vai ser quando crescer", feita por minha mãe enquanto ainda desfrutava de minha finita infância, me subia pela cabeça e divagava minhas idéias. A resposta era fácil, queria ser bombeiro, sapateiro, astronauta, policial, bucaneiro, mágico, piloto de helicóptero e frentista. Mau sabia do inimigo que teria que enfrentar no futuro, o próprio tempo.
Porém apenas passava o momento e deixava minha imaginação rolar. Minha mãe dava risada, mas não me desencorajava. No fundo ela acreditava no meu potencial e sabia que seu filho poderia chegar em qualquer lugar.
Diferente de qualquer outro pai, que mesmo antes de seu filho nascer já traça o futuro da criança e planeja até mesmo qual será sua profissão, minha mãe confiava em mim, mesmo eu sendo tão pequeno.
Nunca me esquecerei de suas palavras:
"Você pode ser qualquer coisa, ter qualquer profissão. Não importa se ganhará pouco ou se ficará rico, se for um frentista ou se for um advogado. Tudo que importa é sua dedicação. Você deve sempre ser o melhor no que faz e isto vai lhe trazer a melhor recompensa de todas, o prestígio."
O tempo passou e fiquei mais velho, mas só fisicamente. É claro que amadureci e evolui, mas ainda conservo um desejo enorme de fazer milhares de coisas e ser milhares de pessoas. Hoje em dia também quero ser samurai, ninja, pirata, treinador de dragão, atirador de arco-e-flecha e escritor de livro, por exemplo.
Você já subiu no palco e apresentou um grande número? No final, nada se compara a quando a cortina se abre mais uma vez e você recebe aplausos.
Raphael Nestlé
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